segunda-feira, 19 de novembro de 2007

um dia de inverno

Tem sido um dia de Inverno. O primeiro, este ano. Chuva, vento e frio. Até agora tínhamos tido um Outono de esplendor marroquino: frio à noite com estrelas, calor de dia de sol, céu límpido até onde o horizonte chega. Hoje mudou tudo. Ficou afastada a que já se temia ser uma seca. Estamos a passar os meados de Novembro, hoje já são 19, verdade seja.
Tem sido um dia de neura. Contratempos logo de manhã, mais contratempos durante a manhã e mais ainda à tarde. Os da manhã foram de serviço, burocracias que me puseram especado na secretária a resolver problemas e me alteraram a agenda, já de si alterada por ter tido que mudar as aulas que deveria dar hoje, e me impediram de estar em representação numa visita de estudo sobre castanheiros, do Centro de Investigação de Montanha, do IPB. À tarde os contratempos foram mais chegados e mais difíceis: primeiro, o Vasco: caiu na escola ao escorregar com uma das canadianas com que anda por ter partido o joelho esquerdo. Fui buscá-lo, chovia a potes e estava abrigado num toldo de uma loja da rua da Chenop. Trouxe-o para casa, já se vê. Tinha acabado de acender a lareira quando me ligou o Carlos Mendes a dizer que um carro da Terras Quentes se tinha estampado na curva à entrada para o paredão da barragem do Azibo e que a Raquel e o João se tinham magoado. Falei entretanto com a Lília, que estava a caminho do hospital de Macedo, para saber exactamente o que se passava. Já me ligou do de Bragança (agora os doentes são obrigados a passear pelo IP4, que não é “nada” perigoso, para serem atendidos nas diversas valências de que precisam…) onde está de serviço o dr. Mourão (mas afinal quem a tratou foi o meu compadre e amigo dr. Afonso Ruano, nota a posteriori) que a vai tratar a, pelo menos, uma fractura da clavícula. O João, que ia a conduzir o automóvel, fez um curativozito e nada mais, por enquanto. Ao que parece, terão entrado na curva em excesso de velocidade e aquela curva não é para brincadeiras: o piso é em paralelo e eu mesmo já lá andei aos baldões mas sem consequências, há um ano ou dois atrás. E o que iam eles fazer hoje, num dia de chuva, naquela estrada? Pois iam a Limãos, onde andam a substituir o soalho da igreja e onde seria e será necessário inspeccionar o sub-pavimento, que está cheio de corpos enterrados, para averiguar do interesse arqueológico da questão.
Agora estou no sótão, vou corrigir testes, actualizar e-mails – e vou lá abaixo buscar uma cerveja!
Está vento, ouve-se sobre o telhado, em rajadas. Aguardo que me tragam cá a casa um cão, para tratar. Assim que tiver tudo resolvido volto aqui, para escrever. Até daqui a uns dias!

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