terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Exposição de Pintura

Mais uma vez no Hospital de Macedo de Cavaleiros
de 15 de Dezembro de 2008 a 3 de Janeiro de 2009



Summertime http://adriveinmycountry.blogspot.com/2008/08/summertime.html é muito mais difícil de entender no Inverno. Mas é quando sabe melhor. Olhar para trás, para dezenas de anos atrás e sentir o que é ter uma folha em branco no dia em que se começa a escrever.


“One of these mornings

You're going to rise up singing

Then you'll spread your wings

And you'll take to the sky”


Com Gershwin é muito mais fácil de entender, mesmo no Inverno. E é quando sabe melhor. Voltar atrás, ouvir a faixa desde o princípio e sentir o prazer de recomeçar, não importa a idade, recomeçar com o sabor e o saber de já o ter feito um dia.
As quatro telas Summertime aqui expostas são quatro reinícios de um mesmo tema. Que não pararam ainda.
O Vislumbre de Aleph é ainda uma primeira versão e só uma primeira versão do Aleph. O de Borges (não ponho a imagem em post).

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

NATAL ?

Até ontem - ó ignorância! - nunca tinha ouvido ou lido nada acerca de Augusto Frederico Schmidt. Desde ontem que só leio Augusto Frederico Schmidt. E tenho a certeza que durante muito tempo irei ler Augusto Frederico Schmidt. 1 de Dezembro de 2008. O antes e o depois de ler Augusto Frederico Schmidt.
Uma amostrinha:


À procura do Natal

Caminho em busca do presépio
a noite inteira, meu Senhor.
Não haverá, porém, nenhuma estrela,
para guiar meus passos.

Todas as estrelas estarão imóveis
No céu imóvel.

Não haverá nenhuma estrela
para mostrar o lugar em que te encontras.

Caminharei em busca do presépio,
a noite inteira, meu Senhor.
As estradas, porém, estarão solitárias,
tudo estará adormecido,
as luzes das casas, apagadas,
as vozes dos peregrinos terão morrido
na distância sem fim.

Caminharei ansioso à tua procura,
mas estarei tão atrasado,
o tempo terá caminhado tão na minha frente,
que me será difícil encontrar teu recanto humilde...

Cansado, encontrarei grandes cidades,
mas a tua cidade, Senhor, terá desaparecido.

Poema de Augusto Frederico Schmidt (1906-1965)