terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Exposição de Pintura

Mais uma vez no Hospital de Macedo de Cavaleiros
de 15 de Dezembro de 2008 a 3 de Janeiro de 2009



Summertime http://adriveinmycountry.blogspot.com/2008/08/summertime.html é muito mais difícil de entender no Inverno. Mas é quando sabe melhor. Olhar para trás, para dezenas de anos atrás e sentir o que é ter uma folha em branco no dia em que se começa a escrever.


“One of these mornings

You're going to rise up singing

Then you'll spread your wings

And you'll take to the sky”


Com Gershwin é muito mais fácil de entender, mesmo no Inverno. E é quando sabe melhor. Voltar atrás, ouvir a faixa desde o princípio e sentir o prazer de recomeçar, não importa a idade, recomeçar com o sabor e o saber de já o ter feito um dia.
As quatro telas Summertime aqui expostas são quatro reinícios de um mesmo tema. Que não pararam ainda.
O Vislumbre de Aleph é ainda uma primeira versão e só uma primeira versão do Aleph. O de Borges (não ponho a imagem em post).

6 comentários:

Nuno Pimentel disse...

Já visitei. Gostei e vale a pena a visita mas, ... poucos quadros.
Gostei dos perdigões, os outros são mais difícieis de entender o que vai na alma do artista.

manuel cardoso disse...

...não se pretende que se saiba o que vai (ou que ia quando o pintou) na alma do artista perante um quadro. Ab initio, o artista pretende provocar uma dada emoção. A partir daí, tudo é possível. Mas o que deve estar a causar alguns engulhos são as letras e números: não são nada de hermético nem cabalístico!!! ahahah! Trata-se de notação musical!

Anónimo disse...

Consegui ir, mesmo no último dia e ainda bem pois as fotos não captavam o brilho dos sóis. Ah os sóis! São estio moldado em belíssimos vórtices policromados, atractores absolutos, implacáveis dissolventes das formas. Pois como o fulgor deslumbra e cega em graus variáveis nos 4 quadros, em todos a audição salta ao primeiro plano (a melodia de Gershwin, do vento ou dos insectos) para reequilibrar o caos ou a nulidade visual. O atractor desse caos, o sol com tudo dentro, aparece reversível no tema do 5º quadro, o Aleph do Borges. Gostaria de ter estes cinco quadros, o estudo completo, mas nem um comprei...
Se eu fosse um investidor, iria ter daqui a uns anos uma dor pungente, quando o nome ‘Manuel Cardoso’ for célebre pelas letras e pelas artes. Porque vai, tão certo como o sol nascer.

manuel cardoso disse...

Meu caro forasteiro do porto: rendidíssimo perante as suas palavras! Sobretudo porque viu logo algo que ninguém mais notou até hoje (e foram muitos os que o poderiam ter feito) e que tive em mente, de facto, não o vou esconder!!!!
Obrigado pela sua indispensável visita à mini-expo!

Anónimo disse...

Os Perdigões!!! A tal tela de intervenção e que todos, menos eu, devem saber o que significa!!!
Apenas sei que, numa parede de minha casa, ficava bastante bem!!! Mesmo! Está extremamente expressiva e, sem dúvida, que o seu cunho está patente em cada pincelada! Pessoalmente, gosto mesmo desta tela! Só tenho pena de não a ter visto ao vivo! Pode ser que ainda tenha oportunidade!
Um beijinho,
Bárbara.

manuel cardoso disse...

Olá, Bárbara! Ainda pode ver a tela! Já teve pretendentes mas acabou por ficar em nossa casa, ainda, porque não deixo que se vá por menos do que a cataloguei na exposição...
Estou a deixar passar tempo para lhe dar o verniz de acabamento, não sei bem, se mate ou se brilhante (tenho sempre está dúvida perante todas as telas!).
Aliás, todas as outras telas estavam e estão ainda ainda sem o dito cujo, a ponto de haver quem achasse tal como erros de brilho.
Esperamos pela sua visita!!!!!