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terça-feira, 23 de setembro de 2008

século XX , século de contradições









O século XX foi um dos mais mortíferos, senão mesmo o mais mortífero século que se viveu até hoje. A subversão de países, a fome, as duas guerras mundiais, as guerras da pré e pós-descolonização, as epidemias e a perseguição política de diferentes regimes deixaram no solo mais milhões de mortos do que os que viveram em todo o mundo nalguns séculos anteriores!






Século XX. Seis óleos sobre tela, 90*60, 70*50, 60*50. 2008. Ainda estou à procura de local para expor.




Contudo, foram cem anos de progresso sem paralelo, de afirmação da liberdade e da hegemonia do homem sobre a adversidade, de descobertas científicas que tudo poderiam fazer prever de risonho e magnífico. Nunca, como no século XX, houve tantos tratados de paz – e nunca houve tantas guerras e tantas vítimas; se produziram mais medicamentos do que em qualquer período da humanidade – e morreu mais gente de doenças do que em qualquer época; nunca os alimentos foram tão abundantes – nunca a fome teve números tão esmagadores; nunca a história do homem, constante em movimentos migratórios, viu tantos milhões de pessoas forçados a mudar de local de vida; nunca se falou e apregoou tanto a liberdade dos cidadãos – nunca a privação da liberdade e dos direitos individuais tinha sido tão forte e exercida sobre tantos homens. Será que o século XXI irá ser, em tudo, mais magnífico e mais terrível do que o século XX? É inesgotável o que se possa dizer sobre o século XX. E é fértil de lições.


Sobre ele pairarão, quais buracos negros, uma suástica e uma estrela com foice e martelo. Não podemos esquecer as lições do século XX.