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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Marilyn Monroe - Hello Norma Jeane

Está de regresso o interesse por uma das mais fascinantes actrizes do século XX. Desde um novo site no facebook (The Unknown Marilyn Monroe http://www.facebook.com/pages/The-unknown-Marilyn-Monroe-Marilyn-Monroe-inconnue/132209956817652 ) até artigos na imprensa internacional, um pouco por todo o lado está a ressurgir uma nova vaga de culto por esta figura mítica, para muitos conhecida apenas pela sua presença física (1,67 m de altura, 94-61-89 - 93-58-91 (de acordo com o estúdio); 88-58-88 (de acordo com o costureiro) - , cabelos loiros pintados, olhos azuis, lábios bem recortados e cheios). Ainda por cima, está de regresso pelo lado menos conhecido da actriz, por muitos julgada uma mulher superficial e frívola. Tal fica a dever-se ao lançamento mundial, anunciado para Outubro, de um livro original sobre MM.


O que está a vir a público neste momento em que se comemora mais um aniversário sobre a sua morte inesperada e misteriosa, ocorrida a 4 de Agosto de 1962, é algo que vem revelar que Marilyn era muito mais do que uma estrela cadente: uma mulher com inteligência e sensibilidade. A artista vivia impregnada de cultura – e não era uma cultura qualquer.

Esta edição dos escritos inéditos – absolutamente inéditos – de Marilyn Monroe: poemas, páginas de diários, cartas e fotos pessoais, com reproduções em fac-simile, está a suscitar expectativa e a dar a conhecer uma MM surpreendente, com um gosto especial por livros e autores e por alguns em especial, tais como Samuel Beckett, Walt Whitman e James Joyce, para os quais não basta um interesse simples pela literatura mas que exigem, para ser lidos, uma dose valente de inteligência e sensibilidade. A tal não terá sido alheio o seu casamento com Arthur Miller, que foi um dos seus três maridos. Este novo livro sobre MM e que se vem juntar a muitíssimos outros trabalhos já publicados sobre a actriz, vem trazer algo de novo – e não é pouco. Cobre um período que vai de 1943 até às vésperas da sua morte.

Segundo um artigo do Le Figaro, um dos principais jornais franceses, esta publicação fica a dever-se a Anna Strasberg, viúva de Lee Strasberg (fundador do Actor’s Studio e herdeiro de Marilyn) e que é a responsável pelo legado de MM. Ela terá confiado os textos a Bernard Comment, que trabalhou a edição e que é co-responsável por ela com Stanley Buchtal. O prefácio é de António Tabucchi, italiano bem conhecido dos portugueses, que refere que “no interior deste corpo vivia a alma de uma intelectual e poeta de que ninguém supunha”.

No fundo, trata-se de uma Norma Jeane Baker a vir à superfície, passados todos estes anos, e a surgir de forma nítida a recortar-se sobre os cenários de Hollywood e sobre a imagem de MM.

“Há uma certa melancolia no tom do livro, e o que é belo nalgumas das notas, é o modo como a elas se associam as ideias que estão espalhadas pelas páginas.”, refere Bernard Comment.

A lembrar agora em Agosto, que passam 48 anos sobre a morte de Marilyn, morta apenas com 36.