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domingo, 23 de janeiro de 2011

O SEGREDO DA FONTE QUEIMADA

Quando foi apresentado em Lisboa, no dia 26 de Março de 2009, esteve ausente da sessão o apresentador! Mas enviou um texto que foi lido aos presentes. Esse texto é o post que hoje aqui colocamos, na íntegra. Do qual fiquei muito grato ao seu autor, o Professor Doutor Vítor Serrão.




LANÇAMENTO DE O SEGREDO DA FONTE QUEIMADA,


ÚLTIMO ROMANCE DE MANUEL CARDOSO

Em jeitos de prolegómeno informal, apenas duas palavras introdutórias. A primeira é de justificação para uma ausência forçada, que é devida ao facto de ter tido de arguir, hoje mesmo, uma tese de Doutoramento na Universidade de Évora, alvo de um agendamento de última hora, com o subsequente serviço académico que me impede de estar de corpo presente neste lançamento; a segunda palavra, e porque estou (ao menos) de espírito presente, é de reconhecimento público, tanto à editora Sopa de Letras e ao seu responsável, o Dr. Henrique Mota, pela forte aposta editorial, como muito em especial ao autor do romance O SEGREDO DA FONTE QUEIMADA, o novo livro do muito estimado Dr. Manuel Cardoso.

Antes de mais, devo dizer que se trata de um livro fascinante, que cruza tempos e sugere interpenetrações histórico-culturais e afectivas, ao tomar como pretexto de narração a figura do famoso «Dr. Mirandela», médico na corte de D. João V, autor do Aquilégio Medicinal, livro de 1726 sobre as propriedades das águas de Portugal, de que um exemplar cheio de sortilégios reaparece dois séculos volvidos na biblioteca de um velho capitão, aristocrata depauperado, bibliófilo triste com estatuto de desmazelo, a morrer aos poucos entre o quarto arrendado no segundo andar do nº 93 da Rua do Diário de Notícias e as cervejarias do Bairro Alto e das Portas de Santo Antão. O que une ambos os personagens – o do século XVIII e o do século XX – é precisamente a ligação íntima ao tal livro sobre os segredos curativos e propedêuticos das águas de Portugal, «livro com classe», escrito pelo primeiro como se de um projecto de vida se tratasse, relido amorosamente pelo capitão perante auditórios de café onde explicava «os humores, o desopilar das obstruções ou o desinchar dos hidrópicos» a partir das propriedades das águas… Isto, na Lisboa do tempo de Almada Negreiros e em plena ditadura de Salazar – num sugestivo reencontro de tempos, de diálogos sem tempo.

É preciso lembrar que o verdadeiro herói deste livro é uma figura de carne e osso, uma personagem real. Real e, ainda por cima, ilustre. O Dr. Francisco da Fonseca Henriques, vulgarmente chamado «Dr. Mirandela», foi um ilustre médico, escritor e pedagogo da ‘entourage’ de D. João V, ligado a personalidades como o escritor Rafael Bluteau, o mecenas D. Rodrigo de Sá Almeida e Meneses, Marquês de Abrantes, o escultor Claude de Laprade e alguns outros nomes ilustres da sociedade lisboeta de antes do Terramoto. Para que conste – e melhor o situemos neste pré-circunlóquio –, ele nasceu em Mirandela em 1665 e morreu em Lisboa em 1731. Formado em Coimbra, foi médico privativo do Magnânimo, e autor de vários tratados científicos, de que o mais famoso é justamente o (citemos o título na sua integralidade) Aquilegio medicinal, em que se dá noticia das aguas de caldas, de fontes, rios, poços, lagoas, e cisternas do reino de Portugal e dos Algarves [...] dignos de particular memoria, lançado pela Officina da Musica em 1726. É este celebrado livro, várias vezes reeditado em Portugal e no Brasil, que constitui o leit-motiv da narrativa de Manuel Cardoso. É um tratado onde são descritas as qualidades (e impropriedades) das águas de todas as fontes de Portugal, desde os mais formosos chafarizes citadinos às modestas fontes de mergulho das aldeias. O Dr. Fonseca Henriques era filho de um abastado lavrador brigantino, morador em Carvalhais, e teve oportunidade de estudar na Universidade de Coimbra, onde se formou em 1688, numa época em que o Reino saía a custo da crise provocada pelas terríveis guerras do Portugal Restaurado contra as tropas de Castela. Muito jovem, foi médico em Chaves, abre consultório em Mirandela. O facto de ter um tio que era feitor dos Távoras, permite que cedo vá poder fixar-se na capital, onde conquista a clientela de mais alto estatuto social e ingressa na Academia das Ciências. Em 1706, ascende a médico privativo do novo rei D. João V, ganhando reputação, ainda que nem sempre livre de invejas, caso das rivalidades que manteve com outro famoso médico, o Dr. João Curvo Semedo. O tratado que dedicou às qualidades das águas, e que terá começado pela descrição das propriedades da Fonte de Golfeiras, na sua bem familiar aldeia junto à vila de Mirandela, conquista os públicos e será uma espécie de best-seller da época; nos séculos seguintes, é obra de referência, presente nas melhores bibliotecas e disputada pelos mercados.

O resumo diz assim: «Na biblioteca de um velho capitão solitário figura um livro raro escrito por um médico de D. João V. Que segredos encerrará esse Aquilegio Medicinal sobre as fontes e águas de Portugal? E que águas e fontes serão verdadeiramente aquelas a que se refere o seu autor? É o que nos propõe descobrir nesta aliciante viagem no tempo até ao Portugal do século XVIII».

Eu li este livro, O Segredo da Fonte Queimada (que é a segunda incursão do autor na área do romance, depois do interessante Um Tiro na Bruma) com um crescendo de prazer. Um muito grande prazer. E até devo confessar que tenho uma postura de reserva militante perante a «novelística de História», género em expansão de mercado nos dias de hoje e que permite muitas vezes (a maioria das vezes!) uma deriva contra-factual sem sentido, aliada a um elementar desconhecimento histórico, ou a extrapolações demagógicas. Só excepcionalmente surge, por exemplo, um livro integrado nesse «género» com a qualidade do Bomarzo, de Manuel Mujica Lainez (1962, recém-editado entre nós pela Sextante), onde de tal modo se recria o ambiente da Itália do século XVI que a obra mereceu ao exigente Jorge Luís Borges um rasgado elogio. Trata-se de tomar a História como o suporte artístico de uma literatura original, envolvente, criativa. Ora são estas valências que observo no romance de Manuel Cardoso: as «três histórias cruzadas» seguem o discurso cotejado de uma meta-narração em que Vicente, o herdeiro, o capitão Eduardo, tio daquele, e o médico-escritor da corte de D. João V, se irmanam para criar uma intriga veraz, poderosa e que, ademais, nos ilumina poderosamente sobre a Lisboa do século XVIII, essa Lisboa a dois andamentos que tão bem nos descreve: luxuosa e miserável ao mesmo tempo, pólo científico e de crendice supersticiosa ao mesmo tempo, urbe de palácios europeizados e de conventos de hábitos medievais ao mesmo tempo, centro de arte barroco-romana e de gostos anacrónicos ao mesmo tempo, capital de Império e urbe tradicionalista ao mesmo tempo, tempo de novos humanismos e de feroz esclavagismo e intolerância ao mesmo tempo… Ainda não há muito me deliciara ao ler o relato desta mesma Lisboa de antes do terramoto descrita com o rigor e a sensibilidade que permitem a extrapolação, na obra de José-Augusto França Lisboa – História Física e Moral (Livros Horizonte). A descrição que o Prof. França faz da Lisboa joanina, por exemplo no espaço de encosta entre a zona do Torel e a Calçada de Santana, incluindo a importantíssima igreja da Pena, igreja que era padroeira dos homens de artes e letras e ainda hoje nos oferece a beleza da sua talha dourada, da autoria de Claude de Laprade, e das pinturas de Jerónimo da Silva e André Gonçalves, faz jus ao ambiente criado no livro O Segredo da Fonte Queimada.

Creio que este livro de Manuel Cardoso se insere nesta mesma linha de reflexão criativa que legitima a contra-factualidade e o «probabilismo de evocação histórica»: basta ver-se a descrição muito credível da figura de D. Ana de Sá Sarmento, espécie de mecenas do Dr. Fonseca Henriques, entre a aldeia de Sesulfe, o cosmopolitismo de Lisboa e o sossego bucólico das terras quentes de Macedo. Dir-se-ia que as hipóteses que a liberdade criativa legitima ganham contornos de veracidade, lendo-se as páginas de Manuel Cardoso em que essa figura dessa amiga-protectora do Dr. Mirandela é parte envolvida. Tinha esboçado um «power-point» com imagens para acompanhar esta apresentação: o frontispício da primeira edição do Aquilegio, alguns retratos da sociedade quinto-joanina, uma possível efígie do Dr. Fonseca Henriques, imagens da igreja de Nossa Senhora da Pena e das artes na Lisboa barroca, etc, etc. Outros sortilégios impediram que tal complemento imagético pudesse ser apresentado. Outra vez será, quero crer, quando o livro chegar desejavelmente a uma 2ª edição.

Igreja de Nossa Senhora da Pena - Calçada de Santana
Resta dizer uma última palavra menos ‘técnica’ e mais pessoal. O Dr. Manuel Cardoso é um distinto médico veterinário estabelecido em Macedo de Cavaleiros, em cuja periferia reside. É, ademais, um empenhado militante na causa da defesa do Património cultural, fazendo parte da direcção da Associação de Defesa do Património ‘Terrras Quentes’, presidida pelo Dr Carlos Mendes. O facto de eu estar ligado, de há alguns anos a esta parte, ao inventário do Património artístico sacro dessa muito desconhecida região, permitiu-me conhecer bem Manuel Cardoso e apreciar as suas altas qualidades humanas, literárias e científicas. A sua probidade de escritor que se liberta de peias amadorísticas e vai afirmando um talento mais solto e amadurecido, levou-o a todo este trabalho de reconstituição de uma adequada «mentalidade de época» a fim de perscrutar os gostos, anseios, crenças e angústias dos lisboetas do primeiro terço do século de Setecentos; assim, o autor reenfocou essa sociedade, e fê-lo com acerto, a fim de enquadrar a intriga – de que não vou obviamente falar, para não privar os leitores do segredo. Apenas direi que existia, e existe ainda, uma certa fonte algures em terras fragosas de Sintra, entre brumas de mistério, que na edição de 1726 foi omitida por exigência régia…

Mas isso fica para o gosto prazenteiro desta vossa leitura.



Vítor Serrão

Historiador de Arte

Universidade de Lisboa

terça-feira, 17 de agosto de 2010

VALE DE PRADOS

Vale de Prados é uma antiga freguesia do município e da cidade de Macedo de Cavaleiros, outrora e durante centenas de anos conhecida muito justamente como Vale de Prados-o-Grande, vila e sede de concelho. Hoje em dia é constituída pelas povoações de Vale de Prados e da Arrifana.


O seu povoamento é muito antigo, como o provam os registos medievais que se lhe referem, e bem assim alguns achados arqueológicos, como o de uma sepultura, pelo povo denominada “sepultura dos mouros”(1). Em tempos medievais houve outros núcleos de casas, a que se referem documentos velhos como as Inquirições do século XIII, então denominados Casas Queimadas, provavelmente relacionados com as guerras de então. E no Alto de Santa Catarina terá havido uma torre senhorial, erguida numa fraga gigantesca, entretanto arruinada e que os séculos foram gastando para pedra de construção. A própria fraga serviu para material de obra nos séculos XIX e XX e na década de cinquenta forneceu toda a pedra que em Macedo se gastou para a construção das instalações e do Bairro da Chenop (Companhia Hidro-Eléctrica do Norte), hoje conhecido como Bairro da EDP.

Por Vale de Prados passava uma antiquíssima via, milenar, vinda de sul para quem demandasse terras de Lampaças e de Bragança, aqui se encontrando com o “carril” que lhe chega de Nogueirinha e de Gradíssimo. Esta terá sido a razão da existência da terra, associada ao facto de o solo ser fértil e a Serra do Cubo ser um bom esconderijo furtivo e um bom poiso para vigia, lado a lado com o já referido alto de Santa Catarina. Ainda hoje perdura nas pessoas o saberem indicar por onde era a Estrada de Bragança… E vem a propósito referir que muito provavelmente por aqui e por Arrifana passavam os peregrinos a Caminho de Santiago, seguindo depois por Lamas, Corujas, Ala, no secular itinerário com que procuravam atingir Compostela e a remissão dos seus pecados…

D.Dinis deu-lhe carta de foral com que se apregoou até à extinção do concelho, ocorrida na primeira reforma do século XIX, em 1836. Por breves anos ficou integrado no concelho dos Cortiços, vindo este logo a desaparecer e passando definitivamente para o de Macedo em 1853.

O Pelourinho, monumento nacional, atesta estas prerrogativas municipais, erguido no século XVIII com orgulho no Largo, a substituir um anterior demolido pelo tempo, imponente como dos principais de Portugal, assim o rezam as crónicas de historiadores. Sobre três degraus octogonais de cantaria de granito e um sólido também octogonal e de granito, ergue-se um fuste monolítico oitavado, encimado por um capitel curiosíssimo: uma cruz deitada, decorada com figuras de animais, o sol, a lua e figuras humanas. Uma outra figura humana coroada abraça um escudo com as armas de Portugal.

O Pelourinho está lado a lado no largo com um fontanário muito interessante de granito, de sineta de avisos e pregões, carrancas a golfar a água e uma data de reconstrução: 1917. Na rua lateral à igreja, a Casa dos Capitães-Móres, tida como a Casa da Câmara, é também um testemunho histórico do passado, ainda com as suas belas cantarias clássicas nas portas e nas janelas. E o edifício do Tribunal, até há bem pouco ainda de pé, testemunhava materialmente, em pedra de xisto verde, os tempos de que ainda se contam episódios em que aos condenados era dado a escolher entre ir trabalhar para a Quinta do Bóbo, em Gradíssimo, ou ir para África, para o degredo… está-se a ver a alternativa escolhida… Ainda existe também, como uma reminiscência desses tempos, o Alto da Forca. Note-se que, ao contrário do que se diz, nunca nos pelourinhos se enforcava ninguém mas num campo aparte, normalmente nas imediações ou fora do povoado.

Durante séculos houve notário, em Vale de Prados, e houve gente ilustre que daqui saiu e aqui viveu. Dos Castro Pereira, família que construiu o seu solar em 1828, em tempo de D.Miguel, há ainda memória recente para além da Quinta e Solar do mesmo nome, associado ao dos Lopes Cardoso por ligação familiar. Também a Casa dos Direitos lembra outros ilustres, das letras e de vida singrada com êxito fora daqui, como acontece com tantos que aqui nasceram e foram mundo fora descobrir o mesmo mundo e vencer na mesma vida.

A Fonte de Santa Catarina está junto à capela do mesmo nome. Com a construção da estrada nacional ficou soterrada, pelo que foi feito, no muro de suporte desta, uns degraus para acesso e o nicho para a água correr da mesma fonte, uma pedra lavrada com motivos vegetalistas em forma de arco, assente sobre uma outra onde uma concavidade permite encher um púcaro com a água virtuosa. Já em 1726, Francisco da Fonseca Henriques, no seu famoso livro Aquilegio Medicinal, se lhe refere (2). A festa a Santa Catarina faz-se no domingo seguinte ao dia 25 de Novembro. É muito concorrida e é típico nela se comerem sardinhas assadas.

Em Vale de Prados e na Arrifana há outras fontes e xafarizes com nomes sugestivos, a Fonte da Oliveira, a Fonte da Buraca, a Fonte do Bóbo e a Fonte da Quinta, na tapada dos Castro Pereira, nem por isso menos belas. Sobretudo outras ainda que estão feitas em xisto lavrado, com formas curiosas e artísticas. Este xisto, uma pedra que serve para muitas das construções destas duas aldeias, é um xisto verde e polícromo, com a cor variada segundo as horas do dia e o tempo que faz, de tonalidades diferentes em dias de sol ou em dias de chuva. Ainda existe a fonte de mergulho de Arrifana, em desuso mas um notável testemunho etnográfico, com vestígios ainda de nela se amolarem as facas e as machadas.

A Igreja Matriz de Vale de Prados é uma reconstrução do século XVII com decoração interior deste século e do século XVIII. Fachada simples e muito curiosa, dupla sineira e um portal sóbrio e elegante com um frontão triangular, nota-se a sua concepção erudita. É de uma só nave com retábulos laterais maneiristas e de decoração barroca. Imagens de Nossa Senhora, Santo Estêvão e São Jerónimo, este último o orago da paróquia. São Jerónimo, padroeiro dos bibliotecários e das secretárias, nasceu em Stridonium perto de Aquileia, Itália, e estudou em Roma. Foi baptizado aos 18 anos. Depois de ser ordenado viveu em Constantinopla, hoje Istambul, antes de retornar a Roma onde chamou a atenção do Papa Damascus, a quem serviu como secretário, tornando-se uma figura muito popular. Após a morte de Damascus, foi para Belém onde ficou com Santa Paula, Santo Eustáquio e outros, pregando. Foi um intelectual e um génio que deu uma grande contribuição para a área do estudo bíblico. Na arte litúrgica é por vezes representado como um cardeal com um leão ou ainda como um eremita. Outras vezes aparece como um escolástico. São Jerónimo morreu a 30 de Setembro, de doença. Vale de Prados comemora-o em festa, em Agosto.

Em Arrifana, na capela de Santo Estêvão, guarda-se uma antiga imagem. Nesta povoação viveram refugiados alguns frades aquando da extinção das ordens religiosas no tempo do liberalismo do século XIX.

Existe ainda uma outra capela, a de S.Cristóvão, um voto e uma memória de viagem com um santo padroeiro dos viajantes. Fica ao lado da Junta de Freguesia e perto do edifício da sede da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Vale de Prados, uma associação que ao longo dos anos desenvolveu um trabalho louvável em prol dos habitantes.

A paisagem de Vale Prados e Arrifana é muito bonita, constituída por um mosaico em que o ecossistema mediterrâneo, oliveira, vinha e sobreiros, se mescla com o típico da montanha de Trás-os-Montes, lameiros, castanheiros e carvalhos. Onde pinga água, há uma horta, magnífica, de produtos soberbos. A Serra do Cubo e a Albufeira do Azibo, ambas lado a lado, proporcionam-lhe estar incluída em grande parte na área de Rede Natura, fazendo parte da Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo. Estes factos abrem-lhe perspectivas de desenvolvimento no turismo. A requalificação urbana, a proximidade da água e a, para breve, construção da área de praia de Vale de Prados, possibilitam que os privados se sintam impelidos a investir não só em infraestruturas hoteleiras mas que os actuais operadores, com cafés e casas abertas, melhorem as condições de oferta aos turistas. Vale de Prados está no trajecto dos percursos pedestres da Albufeira do Azibo, encontrando-se os respectivos itinerários assinalados ao longo dos caminhos e com painéis informativos em vários pontos da localidade.

São gastronomicamente típicos desta aldeia as morcelas, os azedos e o folar doce. O artesanato tem fama além fronteiras com miniaturas de casinhas em xisto e em madeira, artigos, rendas e bordados de linho.


(1)Mas que de mouros deverá ter só o nome, já que tudo indica poder ser mesmo mais antiga ainda. Tinha uma laje de fundo, quatro lajes dos lados e uma outra a servir de tampa. Existiu no sítio que hoje é uma padaria, junto do cruzamento da estrada de Vale de Prados com a estrada nacional.




(2)Também no romance “O Segredo da Fonte Queimada” aparece esta fonte e há algumas cenas de um outro romance do mesmo autor, Manuel Cardoso, intitulado “Um Tiro na Bruma” que se passam também nesta povoação.

terça-feira, 10 de março de 2009

O Segredo da Fonte Queimada - apresentação em Lisboa


No próximo dia 26 de Março,
pelas 18,30,
na Loja Portugal Rural http://www.portugalrural.com/ ,
vai ser feita a apresentação d'
"O Segredo da Fonte Queimada"
pelo Professor Doutor Vítor Serrão.
Conto com a vossa presença!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O SEGREDO DA FONTE QUEIMADA

já existe!
quando for o lançamento, aviso.
"Na biblioteca de um velho capitão solitário figura um livro raro escrito por
um médico de D. João V. Que segredos encerrará esse Aquilegio Medicinal sobre as fontes e águas de Portugal? E que águas e fontes serão verdadeiramente aquelas a que se refere o seu autor? É o que nos propõe descobrir Manuel Cardoso nesta aliciante viagem no tempo até ao Portugal do século XVIII."